terça-feira, 25 de setembro de 2012

dia não sei quantos 82: [o Sporting entre] um épico camoniano ou a farsa de Sá Leão Pinto[?]


Acordei cedo, a pensar que estava a sonhar e estava, depois adormeci, ou isto foi ontem, já não sei bem, de qualquer modo, já cá faltava um pingo de felicidade testosterónica para além da compreensível felicidade testosterónica matinal, como é óbvio. A testosterona, neste caso, noutros não se sabe, resultou de um contraciclo nocturno metamorfoseado na vitória épica do Sporting e do Sá Leão Pinto [lá está a testosterona, outra vez] e dos seus jogadores mais o Paulinho Leão Pinto e arredores do banco de suplentes. Parece que o Sá andou a ler poemas épicos, ou sagas escandinavas, ou mesmo o Walt corpo Whitman naquela cena do “Ímpeto, Ímpeto, Ímpeto,/ sempre o ímpeto procriador do mundo”, embora o Walt corpo Whitman seja de outras testosteronas, mas como sabem “é inútil pormenorizar, os cultos e os incultos sabem que assim é”, pois apenas dessa forma se pode ganhar a uma equipa chamada Gil Vicente, cuja representação consiste em representar [fazer de conta] que joga futebol, utilizando partes do corpo estranhas ao ofício, como o nariz, com desfechos efectivos de golo, sem os quais todas as farsas e mesmo todos os autos vão por água abaixo.
Tás lá Sá Pinto, caso contrário, como diz a Lianor [na farsa de Inês Pereira]: “dai isso por esquecido,/E buscai outra guarida.”  
autógrafo de Gil Vicente 

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