quinta-feira, 17 de março de 2016

a forma que aspira a um fim

pensava eu (deixem passar) na minha (futura) nova roupagem primavera verão, pensava nisso como quem come nozes sem cerveja por perto, isto é, distante, não apenas dos pensamentos como da distância que nos separa(va), talvez por ser ainda de manhã, não sei, de qualquer maneira os pensamentos ganharam outra forma, mais leve, uma penugem que escondia algures uma luzinha que depois (certamente) se reflectiria no olhar (o meu, mas desta perspectiva não é fácil assegurar),  um pensamento cuja matriz (de cor cinzenta) se firmava nos últimos dias, dias em que uma nuvem afecto-contagiosa (de cor cinzento escura, embora parecesse aos incautos branquinha como cal), se instalara no espaço cognitivo da República com consequências ainda difíceis de analisar à vista desarmada [PAUSA: O AUTOR DESTAS LINHAS TEVE QUE SE AUSENTAR POR MOTIVOS PESSOAIS DURANTE, deixa ver, CERCA DE TRÊS HORAS… e EIS QUE VOLTA]:
…. quer dizer, essa virose (que atingiu inclusive dois conhecidos meus e um papagaio da vizinhança, mas neste caso com consequências muito inferiores) que se propagou pela forma da cidade (a Politeia, também se poderá ler constituição – uma cena dos gregos), contaminando ilusoriamente, simulando, constituindo-se como acto solene de fancaria, cujas verdadeiras proporções (e consequências) estão ainda longe de ser conhecidas. Quem entrasse na República por estes dias, teria a insidiosa sensação de estar a entrar na casa de pasto do costume, mas sem serrim no chão, com paus de incenso perto dos rojões (agora magros), e uns tipos e pasme-se (tipas) a beberem coquetailes a acompanhar as tripas e o sangue. Já para não falar na delicadeza no atendimento. Imaginem só!

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