quarta-feira, 9 de novembro de 2016

a análise

Prefiro acreditar que a complexa ingenuidade das pessoas se reveste de critérios suficientemente etéreos para serem aqui chamados. Meus caros, dizem-nos (às vezes) que a ingenuidade (e mesmo a estupidez), não se pagam caro, pelo contrário, dizem-nos (às vezes) que estas seriam parte integrante da sólida estruturação estratificada (deixem passar) do mundo que nos rodeia, onde as superestruturas capitalistas, como diria o Baudrillard, se solidificaram de uma forma que faz lembrar a bucha química, isto é, a parede até pode ruir mas a parte chumbada pouco se importa com isso e não se recente. É por isso que prefiro a figura dos critérios etéreos como explicação singela sem recurso à análise de dados qualitativos, ou isso. Por vezes, lá aparece a América do Arizona, do Texas, do Ohio, do Nebrasca, mesmo em filmes estes aparecem amiúde com cavalos a aconchegar a fotografia, e nem sempre a acção decorre no séc. XIX. Se repararmos bem, observamos que aos poucos foram desaparecendo uns índios, e nisso precederam o desaparecimento inexorável das abelhas, motivo pelo qual se fazem colóquios ambientais em hotéis de 5 estrelas. Pretender conhecer a América através duns posters nova-iorquinos, da Califórnia, ou mesmo de Chicago, é não saber, como diria Al Capone, onde raio fica o Canadá. E o Canadá, asseguro-vos, até fica perto. Só é pena o aparecimento de surpresa do “Piloto”, agora conhecido como cidadão Pedro Dias, em directo para as televisões, ofuscando assim a vitória de Trump ali ao lado, quer dizer, perto do Canadá.

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